
Após cair de 2006 a 2008, público sobe 42% em um ano; consumo fica estagnado
Histórico do serviço teve início tumultuado e muitas tentativas frustradas; a grande maioria ainda paga TV para ver canais abertos
A audiência dos canais pagos voltou a crescer no último ano. Entre meados de 2006 e de 2008, enquanto a base de assinantes aumentava a taxas de 15%, o público dos canais caiu. Voltou ao patamar de 2005.
Em junho do ano passado, os canais eram vistos por 243 mil pessoas por minuto, na média das 24 horas do dia, nas oito regiões metropolitanas em que o Ibope mede a audiência. Em junho passado, o público saltou para 344 mil, uma alta de 42%.
Segundo Alberto Pecegueiro, diretor-geral da Globosat, a queda de audiência entre 2006 e 2008 coincide com a digitalização das operadoras de cabo. Quando o serviço era analógico, era comum uma família pagar pelo ponto da sala de estar, por exemplo, e ter pontos extras piratas em dois quartos. Com a nova tecnologia, isso ficou inviável. Com menos pontos extras, a audiência retraiu.
O consumo de TV paga, no entanto, está no mesmo patamar de 2005. Em média, o telespectador fica 2 horas e 10 minutos diante dos canais por assinatura. Sinal de que a atratividade da TV não cresceu, ao contrário da web -cujo consumo subiu de 48 minutos, em 2003, para 1 hora e 18 minutos.
Muitos assinantes pagam para ver TV aberta. Mais de 67% da audiência vai para emissoras como Globo e Record; só 27% é de canais pagos, principalmente os infantis e de esportes, como indica o quadro ao lado.
Folha OnLine
0 comentários: